sexta-feira, 17 de julho de 2009

Geração de ofendidos

Eu também quero reivindicar publicamente a minha condição de "ofendido". Como cristão que sou, venho me sentindo ameaçado em minha diversidade religiosa. Faço parte de uma comunidade em situação de risco social, que vêm sendo constantemente discriminada pelo movimento gay e pela grande mídia, que ameaçam censurar o meu livro de fé em todos os trechos que lhes convém.

Vivemos numa sociedade de pessoas "ofendidas". O negro, por exemplo, que nunca soube que ser chamado de tal forma fosse ofensivo, aprendeu a se ofender com o nome que sempre designou a sua etnia (não raça, pois raça existe somente uma, a humana, da qual todos igualmente fazemos parte). Dessa forma, o negro agora não quer ser chamado de "negro", pois alguns brancos lhe disseram que este termo é pejorativo, que significa algo ruim, inferior, e ele acreditou. Assim sendo, não existem mais os "negros", e sim os "afro-descendentes". O irônico (para não dizer perverso) é que este nome é bem mais "branco" do que qualquer outra coisa. É uma terminologia muito mais familiar ao mundo acadêmico (majoritariamente branco e elitista), do que à realidade daqueles que ela própria designa. Eu nunca vou ouvir um morador de alguma periferia (onde reside a maior parte dos negros) dizer com naturalidade que é um "afro-descendente", ou mesmo que mora numa "área em situação de risco social" (só mesmo em propaganda política do PT). Quem fala bobagens deste tipo normalmente é funcionário público, pertence à classe média, e só lembra-se dos companheiros proletários "menos favorecidos" (os antigos "pobres") na época das eleições.

Estas são expressões típicas das esquerdas, criadas pela moderna "elite intelectual" stalinista, e elegantemente mugidas pelos seus subalternos. Os conhecidos criadores de casos, ratos de diretórios acadêmicos e fãs de pós-graduações, chegaram à brilhante conclusão de que é mais vantajoso para eles lutar para "resolverem" problemas que não existem, do que tentar melhorar as situações reais, que objetivamente necessitem de mudanças. A estratégia é a seguinte: Elege-se um "grupo em situação de risco social"; elencam-se "discriminações", "preconceitos" e outras "ofensas" que esse grupo nunca tomou conhecimento que sofria, e então se inicia um agressivo trabalho de "vitimização" dos seus integrantes, até que estes acreditem que realmente haviam sido injustiçados, "postos à margem da sociedade", "excluídos do sistema" e outras asneiras parecidas com essas.
A esquerda, além de até hoje não ter resolvido nenhum dos nossos problemas, ainda gasta o nosso dinheiro para gerar e promover novos distúrbios sociais. E nem estes ela consegue solucionar. Mas, isto não é de causar estranheza. Os revolucionários nunca apontam soluções ou as põem em prática, mesmo quando podem.

O que eles querem é:

1º - fragmentar a sociedade em grandes "minorias", assim as pessoas perdem a noção de sociedade como um todo e pensam que aqueles que supostamente as defendem irão fazê-lo especialmente ainda mais, caso estejam ou permaneçam no poder;

2º - colocar cada um desses fragmentos em alvoroço, num estado permanente de insatisfação, impulsionado por uma sensação artificialmente criada de estar sendo violado em seus direitos fundamentais o tempo todo;

3º - chegar ao poder;

4º - tomar o poder. O PT ainda não conseguiu tudo o que quer. É por isso que ele continua a fomentar a histeria coletiva de várias "minorias discriminadas": os homossexuais, as mulheres, os "afro-descendentes", os abortistas, os adoradores do diabo etc.

Aproveitando o ensejo, eu também quero reivindicar publicamente a minha condição de "ofendido". Como cristão que sou, venho me sentindo ameaçado em minha diversidade religiosa. Faço parte de uma comunidade em situação de risco social, que vêm sendo constantemente discriminada pelo movimento gay e pela grande mídia, que ameaçam censurar o meu livro de fé em todos os trechos que lhes convém. Em face disto, exijo a implementação de políticas públicas que assegurem a nossa liberdade de consciência e de culto judaico-cristão. Nossa pluralidade cultural (pois temos irmãos em praticamente todos os países e, portanto, representantes de inúmeras culturas) não está sendo valorizada enquanto manifestação multifacetada que reflete uma organização social composta por atores sociais ricos em diversidade de dons e participantes de uma graça multiforme. Também desejo expressar a minha indignação contra o preconceito que os evangélicos sofrem, ao serem rotulados de ignorantes por pessoas que nunca puseram os pés em uma igreja evangélica e, evidentemente, baseiam-se em idéias pré-concebidas sobre os crentes para formularem suas opiniões a respeito dos mesmos.

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