COLUNA – É muito
comum vermos esquerdistas de todos os naipes se referirem a quem não concordem
com suas idéias ser chamado de direitistas reacionário ou mesmo um “louco da
direita”, e daí por diante, nomes é que não lhes faltam.
O problema é que a crença da direita é coerente até com o
que a teoria da evolução tem a nos dizer. Enquanto isso, a crença esquerdista é
baseada em quê? É isso que começamos a investigar de uma forma mais clínica a
partir do livro The Liberal Mind: The Psychological Causes of Political
Madness, de Lyle Rossiter, lançado em 2011.
O que temos aqui, na obra de Rossiter, é o tratamento do
esquerdismo de forma clínica, por um psiquiatra forense.
O livro é bastante analítico, e, para quem está acostumado a
livros de fácil leitura, com letars grandes e com muitas figuras, bem ao gosto
de muitos petistas, pode até se incomodar-se com a apresentação do livro e se
não é sua leitura típica para curar insônia, ao menos o conteúdo poderoso
compensa o tratamento seco e acadêmico dado ao tema.
Para Rossiter, a mente esquerdista tem um padrão, que se
reflete tanto em um padrão comportamental, quanto um padrão de crenças e
alegações. Portanto, é possível “modelar” a mente do esquerdista a partir de
uma série de padrões. A partir daí, Rossiter investiga uma larga base de
conhecimento de desordens de personalidade, e usa-as para modelar os padrões de
comportamento dos esquerdistas. Segundo Rossiter, basta observar o
comportamento de um esquerdista, mapear suas crenças e ações, e compará-los com
os dados científicos a respeito de algumas patologias da mente. A mente
esquerdista pode ser classificada como um distúrbio de personalidade por que as
crenças e ações resultantes deste tipo de mentalidade se encaixam com exatidão
no modelo psiquiátrico do distúrbio de personalidade.
Entre os sintomas desta enfermidade o autor destaca:
- Dependência do governo, ao invés de auto-confiança.
- Direção a partir do governo, ao invés da auto-determinação.
- Indulgência e relativismo moral, ao invés de retidão moral.
- Coletivismo contra o individualismo cooperativo.
- Trabalho escravo contra o altruísmo genuíno.
- Deslocamento do indivíduo como a principal unidade social econômica, social e política.
- A santidade do casamento e coesão da família prejudicada.
- A harmonia entre a família e a comunidade prejudicada.
- Obrigações de promessas, contratos e direitos de propriedade enfraquecidos.
- Falta de conexão entre premiações por mérito e justificativa para estas premiações.
- Corrupção da base moral e ética para a vida civilizada.
- População polarizada em guerras de classes através de falsas alegações de vitimização e demandas artificiais de resgate político.
- A criação de um estado parental e administrativo idealizado, dotado de vastos poderes regulatórios.
- Liberdade invididual e coordenação pacífica da ação humana severamente comprometida.
Muito interessante.
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